Botões do Corinthians em acrílico: fundo verde no selo, original da marca |
Verde como a grama
Parece coisa de photoshop, mas não é. Posso garantir que na imagem só retoquei um mancha (defeito da lente). Atualmente seria inimaginável, impossível, um desrespeito às cores do timão e, pela rivalidade com o Palmeiras, uma provocação ao chamado derby paulista. Mas na época, penso que o marketing da marca de brinquedos não levou em conta tudo isso, simplesmente por não existir essa avalanche de material esportivo e de coisas relativas aos clubes, assim como, a massificação da rivalidade produzida pelos meios de comunicação e pelas torcidas organizadas ao longo dos anos. Atualmente o selo do botão da Gulliver tem texturas cinzas e as estrelas conquistadas acompanham o escudo. Bem amigos, o fato é que existiu o botão e por sorte (de colecionador) tenho um exemplar na minha coleção, o qual joguei muitas partidas com esse time. Em relação à qualidade do botão, ficava atrás dos famosos "panelinha" da Estrela, mais leves e rápidos na jogabilidade e também perdia de goleada dos times feitos de "lente de relógio". É meio pesadão, duro de fazer gol, assim como o time de futebol, na época estava a 23 anos sem título, um jejum interrompido com a chorada vitória de 1977 na final do Paulistão contra a Ponte Preta (vale um post, porque assisti com meu tio corinthiano que tinha tv à cores e "pegava" as transmissões com a antena virada pra Campinas, sensacional!). Como era costume, colocava os números (feitos de calendário) nos jogadores para facilitar a narração dos jogos, pois a escalação era fácil decorar e os jogadores não trocavam de clubes a cada temporada. Mais ou menos assim: 1 - Tobias, 2 - Zé Maria, 3 - Moisés, 6 - Zé Eduardo, 4 - Wladimir, 5 - Ruço, 8 - Basílio, 10 - Palhinha, 7 - Vaguinho, 9 - Geraldão e 11 - Romeu. A embalagem desta série da Gulliver era uma caixa de papelão contendo os botões, goleiro, bolinha, batedeira, trave grande (de plástico para montar) e um folheto em p&b com o histórico do clube (da minha coleção, restou apenas a caixa do Palmeiras, é claro). Fica a mensagem da magia do futebol de botão que transformava os participantes em times, a mesa da cozinha ou o chão da sala em campo de futebol, a fascinante confecção de times fora de catálogo, os goleiros de caixa de fósforo e a pura emoção das jogadas sem nenhum pixel de resolução dos atuais videogames. É isso aí, o meu time de botão do Corinthians era diferente!