Botões do Grêmio, modelo disco de plástico (fundo não cavado): acionamento com pouca velocidade |
No tempo dos meus "campeonatos caseiros" de botão, o Grêmio era um dos preferidos pelo modelo Gulliver (disco de plástico não cavado) que ganhava as divididas na raça e só chutava de "folha seca" para encobrir o goleiro. De difícil acionamento, com toque mais duro, esses botões precisavam de cêra no fundo, para deslizar e ganhar maior velocidade. Mais simples que os times da coleção "Futebol de Botão Gulliver" (anos 70/80) de plástico transparente chamado "cristal", este botão azul-claro do Grêmio é remanescente da minha coleção. Único com escudos originais que permaneceu, pois tive outros times desse modelo (Corinthians, São Paulo, Vasco e Flamengo) que depois de "surrados" jogando no chão, foram redecorados como o Ceará, com botão preto e escudos retrô (com as letras C-S-C). Tenho um Atlético Paranaense (botão vermelho sem escudo) decorado apenas com faixas horizontais em vermelho e preto, nome do clube (dos cartões da Loteria Esportiva), numeração tipo folhinha de calendário e escalação de recorte de jornal, tipo de botão artesanal muito comum na época, porque era difícil encontrar escudos coloridos impressos (só mesmo quem colecionava a Revista Placar, da Editora Abril). Para o Mundial da África do Sul, a marca Gulliver lançou um modelo semelhante na coleção "Futebol de Botão Oficial", com as principais seleções apresentadas em caixa de plástico, com trave grande, goleiro de caixinha (8cm x 3,5cm), bolinha pastilha e dois tamanhos de botão (cinco jogadores de 6cm e cinco de 3,5cm de diâmetro).
Do título brasileiro de 1981, quando o Grêmio venceu o São Paulo por 1 a 0, me lembro do golaço do atacante gremista Baltazar, que de fora da grande área, matou a bola no peito e de sem-pulo chutou para o gol de Valdir Peres. Pra mim, esse gol secava de vez o então goleiro da Seleção Brasileira comandada pelo técnico Telê Santana que não convocaria para a Copa da Espanha o melhor da época - Emerson Leão, goleiro do Grêmio, ex-titular absoluto do Palmeiras e da amarelinha nas Copas do Mundo de 1974 e 1978. Meus amigos sãopaulinos, pai e sobrinhos, me desculpem pois acho que vem daí minha bronca com o "salve o tricolor paulista..."
Coleção da marca Gulliver incluia botão do Grêmio, além dos grandes times paulistas e cariocas |