quinta-feira, 16 de abril de 2020

Palmeiras, de todos os tempos!



Caros leitores! Poderia utilizar jargões jornalísticos, títulos de filmes ou licenças poéticas para justificar minha volta às publicações. Prefiro ficar simplesmente com a emoção, ao saber da recuperação de um grande amigo de infância, acometido pela Covid-19, enfermidade que paralisou o mundo, em pleno século 21. Na quarentena, já havia voltado a desenhar (no Illustrator) os escudos de futebol de botão, alguns projetos parados de 2018/19, como Bahia, Juventude-RS, Avaí, Fortaleza, seguidos de Sampaio Corrêa-MA (em breve nas postagens). Aliás, Sampaio e Avaí de volta à Série B do Brasileiro em 2020, quando houver futebol, aulas, música, feiras de discos de vinil, parques e tudo mais que existia de vida social, antes do coronavírus. Foi quando dediquei a nova arte do Palmeiras ao meu amigo Nilton. Palmeirense "roxo" de sair do hospital com a camisa alviverde, ao som da canção "Help", dos Beatles. Em pleno confinamento nos desenhos, o Verdão falou mais alto!
A arte foi pensada a partir do uniforme home verde escuro, da campanha de Campeão Paulista de 2008, calção branco, listras brancas no ombro, com detalhes em vermelho na gola e no tecido. Fiz uma estilização gráfica da modelagem da fornecedora esportiva (Adidas), com estampa do patrocinador principal (Fiat) e, escudo com a estrela vermelha, referência à conquista da Libertadores de 1999. Na tipologia, usei a fonte Adidas Unity para numeração e nomes dos jogadores. A primeira vista, esbocei a possibilidade de desenhar o marcante uniforme de 99 (Rhumell/Parmalat), mas "tava na mão" a template da Adidas de outras artes, influenciado pelos vídeo-tapes retrôs dos jogos da Seleção Brasileira na Copa de 82, no canal SPORTV. No desenho do goleiro (medidas 81 mm x 36 mm), a tradicional camisa azul do Marcão. Os escudos ficaram com diâmetro de 30 mm, ideal para montagem nos botões de lentes (vidrilhas), como nos antigos Brianezi ou Crakes.
Finalizando o projeto gráfico da cartela, surgiu a ideia de listar uma escalação do "Palmeiras de todos os tempos", minha versão com craques das décadas de 1970 e 1990. Depois de pesquisar como seria esse time na opinião de jornalistas, fechei a escalação com algumas lendas que jogaram nos meus times de botão do Palmeiras. Na defesa Luís Pereira (revelado pelo São Bento), zagueiro bicampeão brasileiro (72/73), no meio-campo a segurança do volante Dudu e a maestria de Ademir da Guia, eterno camisa 10 do time. O cabeceador Leivinha (263 jogos, 105 gols pelo Palmeiras), completa o ataque ao lado dos matadores Edmundo e Evair.

Palmeiras em 1972: Luís Pereira, Leivinha, Ademir da Guia e Leão

Na Copa de 1974, a então seleção tricampeã do mundo trazia Luís Pereira (camisa 2) na zaga titular, até a estonteante derrota  para a Holanda por 2 a 0, onde foi expulso perto do final. O atacante Leivinha (contratado da Portuguesa/SP em 1971), fez o milésimo gol da seleção em 1973. Convocado para o Mundial, disputou as partidas da fase de grupos, contra Iugoslávia, Escócia e Zaire. Ademir da Guia com a camisa 18, jogou Brasil 0 x 1 Polônia, na derrota pela disputa do 3o. lugar. Na partida, em razão do contraste das imagens de TV, o Brasil vestia camisa amarela e calção branco, este talvez, sem a mesma magia do "divino" da Academia.
Mais dois botões completam a reserva, com jogadores do Verdão dos anos 2000: o versátil Zé Roberto e "el mago" Valdívia, mais fôlego para eterna Academia de Futebol, como ficou mundialmente conhecido o time do Estádio Palestra Itália, nas décadas de 60/70.

O time de ouro do Palmeiras ficou escalado assim:
12. Marcos, 2. Arce, 3. Luís Pereira, 4. Antonio Carlos e 6. Roberto Carlos; 5. Dudu, 10. Ademir da Guia, 8. Leivinha e 11. Rivaldo; 7. Edmundo, 9. Evair.

E como técnico não joga futebol de botão, fica a dica para o homenageado Niltinho anotar na cartela: Oswaldo Brandão, Luxemburgo ou Felipão?
Bem amigos, só pra constar nesta postagem, o São Marcos da Libertadores e da Copa de 2002, me desculpe, mas meu goleiro do "Verdão de todos os tempos" é o Leão!

(nota: No meu time de botão, vou jogar de Lião, como diria Zagallo.)




     

3 comentários:

  1. Grande amigo Élson!!!! Sem palavras para agradecer essa linda homenagem!!!!!Fomos muito felizes em nossa infância!!! Tivemos algo que quase não acontece mais hoje em dia ....Estudamos juntos por 8 anos...jogamos futebol de botão, futebol de salão ( Scarpa) , futebol de campo ( Estrada) , WAR , tocamos é cantamos Beatles , fomos a inauguração do primeiro shopping da cidade ; fomos muitas vezes assistir o S.Bento no CIC....bailinhos ; paqueras ....será que foi "bão " ????
    Assim seguimos....AMIGOS...!!!
    Grande abraço !!!!!!!

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    1. Em tempo : o meu treinador seria o Felipão ....ah o lateral direito Pará mim seria o Cafu !!!!

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    2. Querido amigo Niltinho!! Foi bão demais da conta!! Vivemos uma infância maravilhosa, jogar bola na chácara, nos campinhos, na rua de paralelepipedo, no campo do Estrada Futebol Clube! (que timaço aquele nosso infantil, né). Inauguração da arquibancada do CIC, as matinês da "boatinha", lanche prensadão... Cara, seguimos a vida!!! Forte abraço,

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